A Síndrome ou Transtorno do Pânico é um transtorno psicológico que ocasiona crises de pânico inesperadas, acompanhadas de intensa ansiedade.
Não é comum a pessoa estar na fila de um banco, por exemplo, e sentir
que algo trágico acontecerá com ela, sensação essa que fica ainda mais
forte quando o coração acelera, as mãos suam e a pessoa sente que irá
morrer.
É muito triste passar por isso e quem tem (ou já teve) esse
transtorno sabe o quanto é terrível ser sentir atormentado e sem
esperança.
Também é quão doloroso ouvir de amigos ou parentes
(ignorantes) que sentir esse tipo de coisa é “frescura” ou “falta de fé
em Deus”. Antes de qualquer dica, é muito importante que você, leitor
(a), saiba que esse tipo de comentário infeliz – que só atrapalha o
processo de cura – não têm nada a ver e, portanto, deve ser ignorado.
No momento, deixemos os parentes de lado, e nos concentremos no
principal objetivo desse breve post: ajudar especialmente aqueles que
sofrem por causa dessa terrível enfermidade.
O cérebro reclama para se proteger
É bom você saber um pouquinho sobre como seu cérebro lida com os
conflitos, mesmo que de forma leiga, para compreender que sua doença é o
resultado de um mecanismo de defesa do cérebro.
Quando ele se sobrecarregou de tantos conflitos internos e questões
mal resolvidas, seu cérebro um dia “gritou”: “não aguento mais tanta
pressão. Vou aliviar através de um sintoma, para que você saiba que eu
preciso de ajuda”.
Se esse órgão de comando não reclamasse ou deixasse de jogar suas
tensões no corpo (alguns manifestam tiques nervosos, transtorno
obsessivo-compulsivo, etc.), você enlouqueceria. Desse modo, mesmo a
Síndrome do Pânico sendo algo terrível, tenha consciência essa foi era a
maneira que sua mente se utilizou para lidar com a dor e o sofrimento
psíquico.
Lidando com o Pânico
O Criador do cérebro se preocupa com suas emoções (3Jo 2). Por meio
Seu poder sobrenatural e através de seres humanos capacitados, quer
curar suas emoções. Portanto, creia que Ele efetuará a cura e dará uma
nova vida a você, livre do pânico e com um coração cheio de alegria e
tranquilidade! “É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as
suas doenças” (Sl 103:3).
A seguir, lhe darei algumas instruções com base na experiência de
alguém que já lidou tanto com o pânico quanto com a fobia social:
1. Não se culpe por estar doente. Assim como ficamos doentes
fisicamente, podemos ficar enfermos psiquicamente. Afinal, não há uma
divisão entre corpo e mente, de modo que um afeta intimamente ao outro.
Isso acontece por sermos seres integrais, holísticos (1Ts 5:23, 24).
Também quero dizer com isso (com o não se culpar) que não deve se pressionar.
Sair de casa é bom, fazer atividade física é muito importante;
entretanto, se não se sentir capaz no momento, procure relaxar. Você
está doente e em fase de recuperação. Seus limites devem ser respeitados
não somente por você, como também pelos demais que lhe fazem parte do
seu círculo social.
2. Converse com Deus sobre aquilo que lhe deixa ansioso (a), bem como
sobre qualquer outro tipo de problema ou lembrança que esteja lhe
oprimindo. A preceterapia (terapia por meio da prece ou
oração) é muito eficaz, e há estudos científicos que comprovam seus
benefícios à saúde. “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele
tem cuidado de vocês” (1Pe 5:7).
3. Creia no amor de Deus e que Ele está pertinho de você na doença,
mesmo que não o sinta: “O Senhor está perto dos que têm o coração
quebrantado e salva os de espírito abatido” (Sl 34:18). Acredite mais na Bíblia, que garante a presença dEle ao seu lado, do que em seus sentimentos,
pois estes não são confiáveis (Jr 17:5)! Já a Bíblia, o é. Por isso,
confronte os sentimentos com a Revelação Escrita de Deus em 1 João 3:19,
20, por exemplo (além do Salmo 34:18).
4. Faça o tratamento medicamentoso com um médico psiquiatra, e não interrompa a medicação em hipótese alguma
sem o consentimento do especialista. Se o fez, volte a falar com seu
médico sem ter vergonha ou medo da reação dele. Ele deseja ajudar, nada
mais.
5. Mesmo o medicamento sendo de grande importância, o que ele faz é aliviar o sintoma do
pânico. A cura real vem pelo conhecimento de si mesmo (a) e pela
capacidade adquirida para lidar com os problemas da vida e que acabaram
oprimindo sua mente. Dessa maneira, a psicoterapia será vital, fundamental (desculpe a redundância), para o seu processo de cura. O tratamento medicamentoso e a psicoterapia combinados se constituem na melhor maneira de tratar boa parte das doenças de ordem emocional.
Para iniciar ou dar sequência ao tratamento, inicie falando com Jesus
sobre isso que leu. Diga-lhe que quer ajuda para seguir essas dicas, e
que deseja sentir o Seu amor por você. Derrame seus sentimentos diante
dEle porque o Salvador lhe ama incondicionalmente (Jr 31:3) e tem
cuidado de você. Se Deus se preocupa até mesmo com seus fios de cabelo
(leia Lucas 12:6,7), imagine o quanto Ele se interessa por seus
sentimentos, saúde e bem-estar físico, mental e espiritual:
“Venham a mim, todos os que estão com síndrome do pânico, e eu lhes aliviarei” (Mt 11:28, adaptado).
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele [Deus] tem cuidado de vocês” (1Pe 5:7).
Fonte: Leandro Quadros.