domingo, 24 de agosto de 2014

Expressões Idiomáticas da Bíblia

 

Você já ouviu alguém dizer que está “morto de cansado”? E quando chove, que dizem: “está chovendo canivete”? É claro que essas são gírias e expressões idiomáticas que não dão problema para o nosso idioma, mas certamente seria uma grande polêmica para quem não conhecesse o português.
E a Bíblia Sagrada, será que ela também tem expressões idiomáticas e gírias que certamente não são bem compreendidas por nós?

                                                       
  Assista o vídeo e entenda o assunto:
 
 fonte: Evidências.
                                                    

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Artigo - ENCONTRARAM A ARCA DE NOÉ ???

Não sou de maneira nenhuma partidário de Hitler ou das ideias que ele defendeu. Mas considerando a rara sinceridade com que ele admitiu algumas intenções de seu projeto e a advertência que nos vem disso, gostaria de começar esse texto citando um de seus pensamentos ou diria confissões. Ele disse: “É mais fácil envolver o povo numa grande mentira, do que numa pequena. Quanto maior a mentira, mais pessoas acreditarão nela… Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela.” (MeinKampf, 185).
O mesmo espírito que inspirou Hitler a usar esse método de propagar inverdades parece estar por detrás de muitos boatos e enganos que surgem, especialmente, nas mídias sociais. E o Inimigo de Deus não teria estratégia melhor, senão criar boatos aparentemente favoráveis à Bíblia, apenas para depois desmentir tudo como puro embuste e, na esteira das denúncias, lançar descrédito à Palavra de Deus.
Veja que é coisa muito séria tentar defender a Bíblia com fatos falsos. A própria idoneidade da Palavra de Deus é posta em questionamento. Disse Jesus: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mateus 5:37. É claro que há argumentos que usamos que são hipóteses, mas ainda assim, elas têm de ser plausíveis e nunca mentirosas. Mais doído do que ouvir um oponente defender mal a idéia que combatemos é ouvir um aliado defender mal a ideia com a qual simpatizamos.
O curioso é que mesmo com advertências óbvias como estas, vira-e-mexe testemunhamos o aparecimento de matérias sensacionalistas dizendo num momento que encontraram as rodas dos carros de Faraó debaixo do Mar Vermelho, noutro que localizaram os restos de Sodoma e Gomorra debaixo do Mar Morto.
E o campeão destes boatos sem fundamento é o suposto achado da arca de Noé. Há tantos que os autores de língua inglesa chegaram a criar um trocadilho para esses exploradores da arca perdida. Eles ironicamente os chamam de arcaeólogos, ao invés de arqueólogos!
Ao todo já relacionei ao relatório mais de 40 supostos achados da arca de Noé e além de serem todos falsos ou inconclusos, eles têm mais dois pontos em comum: primeiro que foram todos encontrados por leigos sem nenhuma formação ou treinamento de arqueologia e segundo, que a maioria deles convenceram muitas pessoas apesar de apresentarem provas questionáveis e relatos contraditórios.
Só sei que se um desses relatos estiver verdadeiro, todos os demais têm de ser falsos, por mais bem defendidos que tenham sido. A menos, é claro, que existam várias arcas de Noé ou que a mesma esteja ainda surfando até hoje sob as geleiras do Ararate porque seus vestígios ora aparecem num canto, ora aparecem noutro. E todos afirmando sem medo de errar que acharam a verdadeira arca de Noé!
Um desses últimos achados se deu há cerca de 5 anos, mas especulações acerca do mesmo continuam bem firmes na Internet. Afirma-se que um grupo de chineses e turcos teria encontrado o barco milenar e até feito filmagens dentro dele. Será verdade?
Eu mesmo ficaria muito feliz se fosse, mas por honestidade acadêmica e cristã, sou obrigado a dizer que se trata de mais um engano. Mais um desserviço à propagação da Palavra de Deus.
Tive a oportunidade de trocar e-mails e conversar pessoalmente com o Dr. Randall Price, arqueólogo americano que num primeiro momento teve seu nome associado ao grupo. Ele não somente negou que aquilo fosse verdade, mas ainda se disse desapontado com a falta de sinceridade do grupo.
O Dr. Price, para que todos saibam, chegou a fazer parte da primeira expedição dos Chineses quando esses lhe mostraram as fotos do achado em 2008. Ele conseguiu um recurso de cem mil dólares para o projeto, mas em pouco tempo percebeu que as evidências apresentadas não passavam de uma fraude.
Em 2009 Dr. Price e outros especialistas identificaram a caverna e os troncos que os chineses usaram para produzir o seu “filme”. Na verdade eles nunca estiveram dentro da arca de Noé!
Aliás, mesmo sem essa informação, o que eles apresentaram já era por si só digno de ceticismo. Veja o dilúvio ocorreu há pouco mais de 4 mil anos, logo, essas madeiras jamais estariam em perfeito estado de conservação conforme mostra o vídeo. E não adianta dizer que foram preservadas pelo poder de Deus, pois como arqueólogo posso afirmar que essa não parece ser a forma de Deus agir. Mesmo os importantes manuscritos do Mar Morto (achado importantíssimo para comprovar a veracidade textual da Bíblia Sagrada) foram encontrados em forma fragmentária e alguns completamente destruídos pela ação do tempo!
Outra coisa que me chamou a atenção é que nalguns sites o suposto achado dos Chineses é misturado com fotos de uma estrutura de pedra em forma navicular localizada em Durupinar. Ora, na verdade o que temos ali é outro falso achado promulgado desta vez por Ron Wyatt um falecido anestesista do Tennessee que também vivia “descobrindo” relíquias bíblicas – todas falsas.
Como se pode ver, alguns jornalistas nem se deram ao trabalho de verificar que estavam divulgando dois diferentes “achados” como se fossem a mesma “descoberta” – uma de Wyatt, outra dos chineses. Aliás, essa estrutura de pedra de Durupinar que Wyatt disse ter sido confirmada por muitos como sendo a arca de Noé era na verdade uma formação rochosa comum que nem fóssil era. Vários geólogos turcos afirmaram isso!
São por coisas assim que os que creem na Bíblia devem ter sua atenção redobrada no momento de usar certos argumentos na defesa da fé. Segundo Othon M. Garcia, “ainda que cometamos um número infinito de erros, só há, na verdade, do ponto de vista lógico, duas maneiras de errar: raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos. (Haverá certamente uma terceira maneira de errar: raciocinando mal com dados falsos). O erro pode, portanto, resultar de um vício de forma – raciocinar mal com dados corretos – ou de matéria – raciocinar bem com dados falsos.” (Comunicação em prosa moderna. p. 307). De qualquer forma, o cristão deve evitar esse tipo de argumento. Paul Joseph Goebbels, ministro das Comunicações de Adolf Hitler, dizia que “Uma mentira mil vezes repetida se torna uma verdade autenticada”. Para mim, uma mentira mil vezes repetida continua sendo uma mentira e não devemos nunca ter parte nela!

Fonte: Rodrigo Silva, escritor, professor, doutor em Teologia, doutor em arqueologia bíblica, doutorando em arqueologia clássica e apresentador do programa Evidências na Tv Novo Tempo.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Artigo - ENCONTRARAM A ARCA DA ALIANÇA ???

Em julho de 1981, os moradores de Israel foram surpreendidos com uma notícia extraordinária. Moti Éden, um repórter da Rádio Israelense, anunciava em seu programa noturno que dois rabinos haviam encontrado a arca da aliança e que, ele mesmo, era uma testemunha ocular do ocorrido.
O que Éden tinha de fato presenciado foi a escavação clandestina de um grupo de judeus ortodoxos que acreditavam estar a caminho de encontrar o valioso tesouro. Eles criam que um túnel lateral ao muro das lamentações os levaria ao antigo lugar santíssimo do Templo, em baixo do qual estariam escondidas as tábuas da lei e outros artefatos originais. Hoje, o que vemos no local do antigo Templo são as edificações islâmicas do Domo da Rocha e da mesquita de Al Aksa.
O resultado, evidentemente, foi uma reação imediata dos muçulmanos que entraram em luta armada contra militantes judeus, causando a morte de seis estudantes. O quadro só não ficou pior porque o rabino Meir Getz, que liderava as escavações, cedeu a um acordo político, colocando “panos quentes” sobre a questão. Getz morreu em 1995 e um ano depois e o túnel foi parcialmente aberto ao público como atração turística.
A despeito da agitação, nenhuma prova concreta foi apresentada de que a arca tivesse mesmo ali. Mas esta não foi a única vez que alguém pretendeu tê-la encontrado.

Pretensos achados

Os etíopes dizem que a verdadeira arca estaria em seu país, numa capela da cidade de Axum. Eles argumentam que ela foi roubada do Templo judeu pelo príncipe Menelik, filho de Salomão e da rainha de Sabá. O curioso é que, com exceção de uns poucos políticos, a ninguém foi permitido ver ou fotografar a arca, o que torna bastante suspeita esta tradição.
Vendyl Jones, provavelmente o mais excêntrico dos descobridores, foi a inspiração para Steven Spielberg criar o personagem Indiana Jones. Com base num obscuro texto encontrado entre os Manuscritos do Mar Morto (o Manuscrito de Cobre), Jones diz ter decifrado o mapa de onde estariam a arca e outros utensílios sagrados do Templo.
Em 1988, ele apresentou uma pequena vasilha de barro cujo conteúdo seria o Shemen Afarshimon, o óleo sagrado dos sacerdotes. Análises químicas posteriores pareceram dar certo crédito à sua descoberta, mas o assunto ainda não está tecnicamente encerrado. Mais tarde, em 1992, Jones mostrou aos jornalistas um pote de cinzas que alegou pertencerem originalmente ao ketoret, o incenso sagrado do Templo. Muitos, é claro, dizem que tudo não passa de um embuste.
Com absoluta segurança ele prometeu que revelaria em agosto deste ano o local exato da arca. Mas até agora nada de concreto foi apresentado e o mérito de Vendyl Jones parece ser apenas o de ter inspirado a criação de um personagem holliwoodiano.
Dentro do arraial adventista, um profissional da área de saúde chamado Ron Wyatt também pretendeu ter encontrado a arca. Infelizmente, a empolgação apressada, seguida da forma fácil como a Internet divulga inverdades, fez com que muitos irmãos, de boa fé, acreditassem na história de Wyatt e a divulgassem, inclusive, através do púlpito.
Embora não tenhamos aqui espaço para mostrar as falhas de suas pretensas descobertas, podemos resumidamente dizer que Wyatt afirmou ter encontrado a arca em 1982. De acordo com sua história, Deus lhe havia dado uma revelação especial, por ocasião de sua visita a Jerusalém, mostrando-lhe a gruta de Jeremias, dentro da qual estaria a arca da aliança.
Munido de uma discutível “permissão” para escavar no local, que fica próximo à porta de Damasco, Wyatt disse ter encontrado ali a espada de Golias, a mesa dos pães asmos, o altar de incenso e outras coisas. Sua trama, recheada por aparições angelicais e visões de Cristo, termina com o achado da arca e os dez mandamentos. Ron disse ainda ter tirado várias fotos, mas quase todas queimaram. A única que restou não oferece nada que possa ser chamado de “convincente”. Apenas uma luz forte onde ele afirma poder visualizar o rosto de Cristo sentado num trono celestial.
Numa teologia muito confusa, Wyatt  também apontou o lugar como sendo o Calvário e concluiu que, quando Cristo morreu, seu sangue penetrou o solo, aspergindo a arca que estaria poucos metros abaixo. Este seria o cumprimento de Daniel 9:24. Ora, o texto bíblico não diz que seria ungida a arca e sim o santo dos santos que, se entendido no sentido pessoal, refere-se a Cristo e, no sentido geográfico, ao santuário celestial. Mesmo porque, o lugar santíssimo do santuário terrestre não ficava no Calvário, mas dentro do Templo.
Ron Wyatt afirmou ainda ter recolhido amostras do sangue de Cristo, mas, como nas declarações anteriores, tudo não passou de uma teoria infundada. Como Vendyl Jones, ele também foi desafiado a apresentar provas mais substanciais do que dizia. Então, prometeu que, em um ano ou dois, voltaria ao local com uma equipe de cientistas e revelaria a arca para o mundo. Só esperaria uma ordem de Deus dizendo que chegou a hora de fazê-lo. Mas, Wyatt morreu em 1999 e, até hoje, nenhum de seus  colaboradores apresentou qualquer prova que legitime suas afirmações.


O que diz Ellen White?

Como muitos já sabem, a arca desapareceu por volta de 587 a.C., quando os babilônios atacaram Jerusalém e destruíram o Templo. A Bíblia não descreve como isto aconteceu, mas antigas tradições judaicas revezam entre Josias, Jeremias e Baruque a responsabilidade pela ocultação do objeto. Ellen White, embora não mencione o nome dos envolvidos, parece dar crédito a esta tradição. Ela diz:
“Antes do templo ser destruído, Deus fez saber a alguns de seus fiéis servos o destino do templo, que era o orgulho de Israel …Também lhes revelou o cativeiro de Israel. Estes homens justos, exatamente antes da destruição do templo, removeram a sagrada Arca que continha as tábuas de pedra, e com lamento e tristeza esconderam-na numa caverna, onde devia ficar oculta ao povo de Israel por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta, jamais foi perturbada desde que foi escondidaSpiritual Gifts, vol. 4, pp. 114, 115 (1864); Spirit of Profecy, vol. 1, p. 414, (1870); História da Redenção, p. 195.
“Entre os justos que ainda restavam em Jerusalém, a quem tinha sido tornado claro o propósito divino, alguns havia que se determinaram colocar além do alcance das mãos cruéis, a sagrada Arca que continha as tábuas de pedra, sobre a qual haviam traçado os preceitos do decálogo. Isto eles fizeram. Com lamento e tristeza esconderam a arca numa caverna onde deveria ficar oculta do povo de Israel e de Judá por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamais foi perturbada desde que foi escondida.” Profetas e Reis, p. 436 (1989). Grifos acrescentados.
Assim, descarta-se a idéia de que a arca tenha sido destruída, arrebatada ou transferida para fora de Israel, pois com a iminente chegada dos babilônios, os judeus não teriam tempo de fugir para longe levando consigo um objeto sagrado que demandaria um detalhado cerimonial de transporte.


Será a arca encontrada novamente?


 A atitude de esconder objetos sagrados devido a uma ameaça iminente não era estranha. II Crônicas 34:14-30 descreve o momento em que, em meio à reforma do Templo, Hilquias encontrou os originais de Moisés que sacerdotes piedosos haviam escondido durante o idolátrico reinado de Manassés. Os Manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1947, nas cavernas de Qumran, também exemplificam tal comportamento. Segundo uma hipótese, os textos teriam sido guardados ali em virtude do cerco romano sobre a cidade de Jerusalém.
Várias tradições judaicas baseadas em Jeremias 3:16 fazem supor que a arca reaparecerá no fim dos tempos. Embora o espaço não nos permita expor estas tradições, torna-se digno de nota que Ellen White também fala que as Tábuas serão trazidas novamente à vista dos habitantes da Terra:
“Com Seu próprio dedo, Deus escreveu os Seus Mandamentos em tábuas de pedra. Essas tábuas não foram deixadas aos cuidados dos homens, mas foram postas na arca; e no grande dia em que cada caso estiver decidido, essas tábuas escritas com os Dez Mandamentos serão mostradas para que o mundo inteiro possa ver e entender. Seu testemunho contra o mundo será inquestionável.” Carta 30, (1900). Manuscript Releases 1401. vol. 19, p. 265.
“O precioso registro da lei foi colocado na Arca do Testamento e está lá ainda seguramente escondida da família humana. Mas no tempo apontado por Deus Ele revelará essas tábuas de pedra a fim de serem testemunho para todo o mundo contra o desdém para com Seus Mandamentos e contra o culto idolátrico de um falso sábado.” Manuscript Releases 122, 1901. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol.1, p. 1109.
“Quando o templo de Deus for aberto, que triunfo não será para aqueles que foram fiéis e verdadeiros! No templo será vista a Arca do Testamento em que foram postas as duas tábuas de pedra nas quais foi escrita a Lei de Deus. Essas tábuas de pedra serão tiradas de seu esconderijo e nelas serão vistos os Dez Mandamentos gravados pelo dedo de Deus. Essas tábuas de pedra que agora jazem dentro da arca do testamento serão um testemunho para a verdade e os reclames da lei de Deus.” Carta 47, 1902. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 972.
Embora não possamos ser dogmáticos, estes textos parecem indicar que o reaparecimento da Lei será um ato sobrenatural de Deus por ocasião do Seu juízo sobre os homens. E isto ocorrerá quando cada caso estiver decidido.
Assim, embora possamos admitir um desejo próprio de que a arca seja encontrada, é importante ter prudência e permitir que se cumpra a vontade de Deus. Note-se que um ponto em comum a todos os pretensos descobridores da arca é que nenhum deles até hoje apresentou provas concretas que justifiquem suas afirmações. Fotos que não se revelam, soldados que impedem o acesso ou promessas que não se cumprem são insuficientes para nos fazer acreditar neste tipo de abordagem. E é importante lembrar que mesmo a verdade, se for sustentada com argumentos infundados torna-se um desserviço à causa de Deus.

fonte: Professor Rodrigo P. Silva.

domingo, 17 de agosto de 2014

Interrogações



 O cristão não é o sujeito que tem todas as respostas. Talvez ele só tenha respostas para as perguntas mais importantes.


 Não se desespere se existirem dúvidas. O que é requerido para entrar no Reino que Jesus veio pregar é fé e fé é descrita como o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem ( Heb.11:1) Portanto, a fé é a certeza de coisas que não temos elementos empíricos para ter certeza. A fé pressupõe a dúvida. Pressupõe a lacuna. Pressupõe o silêncio, a ausência. Eu não preciso exatamente de fé quando estou atravessando o mar Vermelho aberto daquela forma miraculosa nem quando estou comendo o pão multiplicado por Jesus. Preciso de fé quando tenho dúvidas. Quando sou confrontado: creio que Ele está no controle ou não?
Se passei tempo com Ele, sei que é confiável. Creio. E sigo em meio às outras dúvidas.

fonte: Nova Semente

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Sexo na Menstruação


  Na opinião bíblica, posso fazer sexo quando estou menstruada?
Uma mulher pode ter relações sexuais em seu período menstrual?


 Muitas pessoas se perguntam, em primeiro lugar, se seria clinicamente certo manter relações sexuais durante o período de menstruação. Por um lado, sabemos que muitos (não todos) médicos hoje em dia afirmam que a relação sexual realizada durante o período menstrual não é prejudicial. Mas há controvérsias. Porque, ainda clinicamente falando, a recomendação seria que o ato não deve ser prolongado, porque os órgãos femininos, geralmente, ficam doloridos nessas ocasiões, e os tecidos podem ficar irritados. Também há oscilação do humor - pode acontecer de a mulher estar com uma disposição calorosa e amorosa, e de repente, esfriar. É claro, que esta é uma das ocasiões em que ela se excita com mais facilidade. Entretanto, deve-se levar em conta que é menos asseado, fazer sexo nesse período.

A pergunta que, logo em seguida, os cristãos fazem, é bíblica: “A Bíblia condena a realização do ato sexual durante a menstruação?”. Esta pergunta tem fundamento bíblico, e vem de Levítico 15:19 e 20, que diz: “Quando uma mulher tiver fluxo de sangue que sai do corpo, a impureza da sua menstruação durará sete dias, e quem nela tocar ficará impuro até a tarde. Tudo sobre o que ela se deitar durante a sua menstruação ficará impuro, e tudo sobre o que ela se sentar ficará impuro”.

A grande pergunta teológica é saber se estas leis cerimoniais devem ser observadas ainda hoje ou não. Depende. Umas sim, outras não. As leis que orientavam sobre ordenanças que eram sombras do calvário, não fazem mais sentido hoje, como por exemplo, matar um cordeirinho em sacrifício, porque o Cordeiro de Deus já foi morto uma vez por todas. Mas isso não quer dizer que todas as leis levíticas não devem ser mais observadas. Tem que ver se ela ainda tem relevância teológica, espiritual e prática para os nossos dias. Há aqueles que tentam se apoiar em Hebreus 9 e 10 para dizer que todas as leis do pentateuco foram abolidas, mas não é bem assim. Veja que no mesmo livro Levítico existem as advertências quanto aos casamentos ilícitos, aos pesos e medidas injustos, a opressão ao pobre, o homicídio, etc. E é claro que ainda observamos estas recomendações. Mas ali existe também os pedidos, de que sempre que se fosse defecar, que se levasse uma pá, de como o maná deveria ser recolhido, e outros, que não fazem mais sentido hoje, a não ser que seja em principio.

A orientação levitica quanto ao ato sexual no período menstrual tinha um sentido acético e não teológico. As leis do Velho Testamento determinavam que as mulheres passassem por um período de sete dias de purificação, em decorrência da menstruação, e a realização do ato sexual era proibida então. Esta lei se encaixa perfeitamente nas leis que tinham objetivos de saúde e higiene, e, por conseqüência, espiritual. Algumas das leis desta categoria ainda fazem sentido hoje, como por exemplo a de Levítico 11. O tipo de carne não-comestível daquela época ainda é o mesmo hoje, e o aparelho digestivo também, o que ainda torna a listinha dos animais prejudiciais à saúde, coerente até mesmo com o que a ciência diz.

Mas é claro que os cuidados femininos quanto à menstruação, hoje, não são os mesmos. Essa lei foi dada há 3500 anos, quando não havia chuveiros e duchas tão convenientes ao nosso uso, e nem havia absorventes, desinfetantes e outros meios de higienização.

Não precisamos pensar que o ato sexual por todos os sete dias que entornam a data menstrual, seja pecaminoso. Mas provavelmente deve ser evitado nos dias do fluxo de sangue. É mais conveniente. É melhor deixar que a esposa tome a parte ativa nessa decisão, para o seu próprio bem estar.

fonte: Valdeci Jr.